06 dezembro 2010

Projecto NDM São Tomé e Príncipe 2010

É difícil passar para o papel o que vivemos e sentimos sempre que o tema é Nô Djunta Mon. E talvez as melhores palavras sejam crescimento e partilha.

Assim que pisámos África sentimos o calor humano e a intensidade de sentimentos que nos esperavam ao longo de 2 meses. Fomos recebidas de braços abertos e com um sorriso contagiante de orelha a orelha pelo nosso Pastor Francisco, um verdadeiro “Pai” durante todo o projecto. E depois de uma semana de pura adaptação à cidade de S.Tomé, e quando nos começávamos a sentir em casa… era hora de mudar. Voámos com destino ao Príncipe, e aqui vivemos 3 semanas num verdadeiro Príncipe (paraíso) encantado, que para além de um verde e azul invejáveis, é habitado por um povo rico de valores e sentimentos. Os abraços e sorrisos sinceros das crianças, o cuidado e amizade do nosso “Pastor “ Salvador e da sua família, o conforto dos amigos que fizemos …. tudo isto tornou a despedida (ainda) mais dolorosa.

Após estas 3 semanas e de regresso ao Riboque, sentíamos falta do nosso Príncipe, mas uma vontade e motivação grandes de continuar este projecto. E se trabalhar com crianças nos tocou e emocionou, trabalhar com jovens foi gratificante. E foram sem dúvida duas semanas de partilha e crescimento mútuos, onde a amizade e a disponibilidade dos jovens formandos nos fizeram sentir em casa e nos encheram de fôlego para continuar.

E ao fim destas duas semanas, um mês tinha passado a voar. E chegava a hora de conhecer os nossos jovens da Roça de Água Izé. E se naquele momento nos víamos pela primeira vez, a sensação era de que nos conhecíamos de uma vida. Foram 2 semanas únicas. As formações foram verdadeiras lições de vida, sempre acompanhadas por cânticos que nos transmitiam alegria e nos ficaram no ouvido e no coração. Os formandos foram verdadeiros exemplos de esperança e de amizade. Os serões em família foram reconfortantes e fizeram-nos, por momentos, esquecer que estávamos longe. Aqui sentimos o que era África. O calor humano, a energia (boa) destes jovens, a sua garra e esperança, faziam-nos sentir que tudo ali valia a pena. O verdadeiro sentido da vida estava ali, à nossa disposição, e de graça. E naturalmente aprendemos a reformular prioridades. E a falta de água, de electricidade e (por vezes de comida) passou a ser relativa. E os nossos novos “amigos” rastejantes, os roedores nocturnos e o teimoso “bichô” passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia.
Foram duas semanas que nos marcaram para a vida!

Ao fim de 2 meses era hora de regressar. Na bagagem trouxemos muitas dúvidas, mas também uma grande certeza: apesar de um trabalho carente de continuidade, o sentimento é de “missão cumprida”. E isso deixa-nos orgulhosas e satisfeitas por termos feito parte de todo este processo.

Obrigada ISU!!


Legendas das fotografias (de baixo para cima):

1ª foto: Decoração da Casa da Sopa - Ilha do Príncipe
2ª foto: Grupo Jovens IJ ( Instituto Juventude) - Formação em Associativismo Juvenil
3ª foto: Grupo Jovens Roça de Água Izé - Formação em Gestão de Projectos
4ª foto: Equipa Nô Djunta Mon STP 2010
5ª foto: Parceiro da Roça de Água Izé: Sanu e Sami com a equipa Nô Djunta Mon STP 2010
6ª foto: Formação em Associativismo Juvenil com Grupo de Jovens IJ (Instituto Juventude)






3 comentários:

best friend disse...

pois é...quase todos os países estão a precisR DE MUITA AJUDA MESMO...PRINCIPALMENTE A DO HAITI,BRASIL...ETC

leticia disse...

pois é...quase todos os países estao a precisar de muita ajuda...principalmente a do haiti, brasil,...etc

Luís Guimarães disse...

Boa noite.
Estou muitíssimo interessado, assim como alguns amigos meus, em fazerem voluntariado. Somos estudantes de Medicina e Direito entre os 19 e 22 anos. Gostaria que entrassem em contacto comigo pelo email : luisigrejaguimaraes@hotmail.com .
Cordiais Cumprimentos
LG